Você conhece a (sua) energia feminina?
É importante abraçar e acolher o feminino, percebendo a força dele não só na sua vida, mas no mundo.
Devo confessar para vocês que essa é uma pergunta que eu tenho me feito com tanta frequência que me fez mergulhar em leituras e estudos cada vez mais profundos sobre a construção (ou a destruição?) do feminino na nossa sociedade. Já compartilhei com vocês várias vezes que um dos principais motivos que decidi me aprofundar nos estudos de autoestima e falar sobre isso, foi justamente porque eu sempre lutei muito para me sentir bem na minha própria pele, para acreditar em mim mesma, me achar merecedora.
A primeira luz no fim do túnel que se abriu para mim foi o feminismo, quando vi o mundo androcêntrico.
Mas eu percebi que muitas vezes, eu sentia raiva, angústia, desejo de vingança. Existia um culpado que deveria ser aprisionado? Logo percebi que não estava ali a resposta.
O feminino não estava no feminismo. O verdadeiro feminino nem estava sendo silenciado, era pior: Ele não existia mais.
Ao longo da nossa história acreditamos que tivemos conquistas que, na verdade, foram permitidas. É inquestionável que vivemos em uma sociedade construída pelos homens. Tudo que nos é “vendido” sobre ser produtiva, vencedora, ser ativa, é masculino porque a construção social que vivemos é masculina.
Nos adaptamos à linearidade do mundo por medo de sermos engolidas por ele e com isso, nos desconectamos das nossas potências, da forma que realmente pensamos, produzimos e funcionamos. Na maioria das vezes, nossos pensamentos, ações e reações são masculinos.
Chegar a essa conclusão mudou o jogo pra mim. Percebi que estamos todas interpretando a muito, muito tempo. E aqui chegamos:
"Sem recordar sua própria estrutura psicofísica e nem conhecer sua própria história cultural, as mulheres ansiosas de energização só souberam projetar a aventura improvável de imitar os homens e aceitar as regras do jogo criadas por eles para eles mesmos... Chegou o momento de medir com lucidez e sem coações o espaço que nós mulheres realmente utilizamos."
trecho do livro: A Deusa em Nós - Ethel Morgan
A resposta pra mim está no resgate da energia feminina. Na verdade, sendo honesta, antes de resgatá-la, precisamos conhecê-la.
Conhecer essa energia, se apropriar dela. Para falarmos em energia feminina, antes precisamos entender o conceito de energia. Aprendemos na escola que o universo é regido por leis naturais como a lei da gravidade, da ação e reação, leis de Mendel... quem lembra? Vamos falar um pouco sobre a lei da Polaridade que diz que tudo tem um oposto: Positivo e negativo, luz e sombra, feminino e masculino... Carregamos dentro de nós, sendo homens ou mulheres o princípio feminino (yin) e masculino (yang).
Segundo os orientais, yin e yang, são pólos opostos de uma energia chamada Qi (pronuncia-se tchi), que está presente em tudo no universo. Quanto mais você se afasta da sua essência feminina e da sua essência individual - seu eu de verdade -, menos chances você tem de encontrar o autoconhecimento, o amor próprio, a sua autoestima e a sua felicidade.
É importante abraçar e acolher o feminino, percebendo a força dele não só na sua vida, mas no mundo.
É usar nossas emoções como um ponto forte, não como uma fraqueza. SENTIR e prestar atenção ao que esses sentimentos me dizem.
Reconhecendo o poder da mulher indomada e também da amorosa e dedicada. Só depois de sermos inteiras, livres de moldes e donas da nossa própria soberania poderemos nos encarregar de nossa parte intransferível: A mediação conciliadora e a defesa da ordem natural.
Vulnerável, real e verdadeira.